2007年9月12日水曜日

Não tive tempo

A ideia era manter um diário enquanto estivesse em Tóquio. Dar uma ideia do que estavam a ser as férias com fotos e alguns relatos de coisas interessantes...
Mas não tive tempo. Havia sempre um museu, um restaurante, um bairro, uma pessoa, um templo, um hábito, um sabor, um bar, um arranha-céus, uma estação de metro/comboio, um festival típico, uma forma verbal, um kanji, um programa de televisão, um parque/jardim, uma loja, uma sala de cinema, um conceito de estabelecimento comercial ou um mercado a conhecer. E Tóquio é demasiado grande. Leva-se sempre pelo menos meia-hora para chegar a qualquer sítio. E Agosto é demasiado quente, dia e noite acima de 30º e muita humidade. Toda a energia escapa-se pelos poros, com o suor.
Por isso, não tive tempo.
Mas talvez valha a pena continuar o diário, apesar de ser com memórias um pouquinho mais longínquas.

2007年8月15日水曜日

Tokyo Wan Hanabi

À medida que nos aproximamos da estação para onde vamos, o metro começa a ficar cada vez mais cheio, a duas ou três estações de distância já estava tão cheio como em qualquer manhã de um dia de semana em Tóquio. A diferença é que metade das pessoas estavam vestidas com Yukata. Quando saímos do comboio, só uma das saídas estava aberta e dezenas de funcionários do metro, indicavam à multidão qual o caminho a seguir. Na rua dezenas de polícias, armados de megafones, alguns em cima do que pareciam ser carros blindados, com um grande aparato de luzes, indicavam à multidão para onde ir e guardavam as entradas para ruas que estavam fechadas. Viam-se centenas de milhares de pessoas (não estou a exagerar, arriscaria dizer mais de 500.000) a caminhar na mesma direcção. Mas com a organização e o controlo existentes e o facto de toda a gente seguir à risca as indicações, toda esta agitação era tudo menos caótica! Quando chegámos, finalmente, onde as pessoas já ficavam sentadas ou mesmo em pé, a japonesa que ia connosco disse-me: "Está ali um espaço onde nos podemos sentar. Vai tu à frente porque és estrangeiro". Pouca gente se atreve a atravessar à frente das pessoas que já estão sentadas, mas desculpam esse tipo de coisa aos estrangeiros... Sentámo-nos finalmente no alcatrão ainda quente e ficámos a apreciar o espectáculo que durou cerca de uma hora e meia e ao qual a multidão reagia com OOOHHHH e AAAHHHH e SUGOI! Pela primeira vez não me senti um completo cromo por também reagir com OOOHHH e AAAHHH, ou melhor, não me senti tão constrangido porque estava no meio de tantos cromos! E é interessante verificar que a grande maioria das pessoas tinham por volta de 20 anos. Aliás, todos os que tinham os Yukata vestidos eram dessa idade.
Mas qual espectáculo? Um dos muitos festivais de fogo de artifício que existem por aqui durante o Verão. Aliás, este nem é um dos mais populares...
Tentei filmar um pouco para dar uma ideia do ambiente... mas a falta de luz, o constrangimento provocado pela multidão super bem-comportada à minha volta e a falta de jeito, não me permitiram filmar nada de jeito... mas aqui vai na mesma.


2007年8月13日月曜日

Akasaka

Depois do Palácio Imperial, há que ver o Parlamento. Um edifício... diferente, numa zona de grandes hotéis e edifícios de escritórios. Nas ruas, quase ninguém. Mas muitos polícias. É mais um exemplo do absoluto controlo de tudo, que se sente em Tóquio (mais exemplos em breve). Perdido no meio deste sítio, um templo sem turistas. Apenas alguns locais que deixavam as suas orações.


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2007年8月9日木曜日

Tokyo

Férias no Japão são, obviamente, muito atarefadas. Só agora tive tempo de tentar confirmar o mito de que no Japão tudo o que é electrónico é muito mais barato. Fui a Akihabara e comprei uma máquina fotográfica da Sony em desconto (deve ser um modelo já antigo) por ¥16.800. Comparei com um site português. É realmente mais barato, mas não é muito mais barato. Fiz umas contas: o preço aqui é 28% menos do que em Portugal. Por falar em Portugal, quando paguei a máquina ouvi da empregada da loja um "Muito obrigada" que me deixou muito surpreendido... Mas em Tóquio tenho de estar preparado para tudo!
Com a minha nova máquina fui ao centro de Tóquio: O Palácio Imperial. Ou melhor, o jardim do lado de fora do Palácio Imperial, porque dentro do Palácio mora o imperador e a família e, por isso, não está aberto ao público. Mas do Kokyogaien (tradução literal: jardim de fora do palácio imperial) dá para tirar fotos da ponte Niju-bashi, vendo-se ao fundo um edifício que não faço ideia do que seja, mas não me parece que seja o próprio palácio... Depois, sem tirar os pés do mesmo sítio, virei a câmara para mim e tirei uma foto, onde se pode ver um bocadinho do centro financeiro de Tóquio (Marunouchi).

2007-08-09 nijubashi

2007-08-09 eu Kokyogaien

2007年8月4日土曜日

Jet lag

Acordo na quarta-feira mais cedo do que é habitual porque tenho uma reunião de manhã, à qual, obviamente, chego atrasado.
À tarde tento terminar finalmente o que tenho pendente antes de ir de férias. Tentar fazer o trabalho de 3 dias numa tarde é extenuante!
Volto a casa às 9 da noite, janto, tomo um duche, atiro tudo para dentro da mala e entretanto já está na hora de ir para o aeroporto. Chegamos a Lisboa por volta da meia-noite e umas obras na 2.ª circular obrigam-nos a ficar meia hora no trânsito (porque é que nem fiquei surpreendido?), o que fez com que tenha chegado ao aeroporto pouco mais do que uma hora antes do voo e, por isso, tenha sido um dos últimos a fazer o check-in. Vantagem: fui directamente do check-in para dentro do avião sem mais esperas no portão de embarque. Desvantagem: vou num dos assentos do meio entre um senhor já de idade e um outro senhor um bocadinho para o forte com uma t-shirt de alças e que não usa desodorizante. Para me distrair, leio. Penso que seria bom dormir um bocado e tento fechar os olhos, mas 5 minutos depois vem a hospedeira com o pequeno-almoço.
Chego a Amesterdão às 6 da manhã, faltam 9 horas para o meu próximo voo. Certifico-me de que a minha bagagem vai directamente para o avião e vou dar uma volta em Amesterdão. É impressionante a eficiência dos transportes públicos desta cidade. Saio do avião, ando 5 minutos e já estou na linha à espera do comboio que chega 5 minutos depois e, depois de uma curta viagem de 20 minutos, já estou no centro de Amesterdão. Às 7 da manhã há mais bicicletas do que carros. Os homens da limpeza lavam as ruas e retiram garrafas de cerveja que estão espalhadas por todo o lado. A luz da manhã torna os canais especialmente bonitos e a quase total ausência do barulho dos carros melhora tudo. Na red ligth discrict todas as "montras" estão fechadas, mas as coffe shops estão abertas e na rua sente-se o cheiro de ervas ilegais no resto do mundo (as drogas são mais viciantes do que o sexo...). Entretanto já é quase meio-dia. É melhor voltar para o aeroporto. No comboio de volta quase que adormeço... mas a viagem é mesmo muito curta.
A sala de espera da porta de embarque do voo para Tóquio vai começando a encher-se com japoneses. Só os olhos os denunciam. A roupa e a forma como se comportam não me causam estranheza absolutamente nenhuma. O voo sai com 20 minutos de atraso. O capitão anuncia que o voo tem uma duração de 10 horas, bastante menos do que eu esperava. Em todos os assentos há uma manta e uma almofada. O meu lugar é à janela e ao meu lado duas meninas (6 e 9 anos, diria eu, apesar de ser péssimo em adivinhar idades) que viajam sozinhas. Têm uma aparência oriental mas falam alemão (mais tarde, quando o pessoal de bordo nos pede para preencher uns formulários para estrangeiros que estão a entrar no Japão a mais velha explica-lhes: "nós temos nacionalidade alemã e japonesa". Uau!). Tento dormir mas em vão: O sol está sempre no horizonte. Levantamos voo ao início da tarde, quando entramos na Rússia ainda era de dia e a rota levava-nos para norte, à procura do sol. Quando saímos da Rússia, 8 horas depois já era de manhã; As hospedeiras, de hora a hora, davam-nos refeições, snacks, bebidas ou formulários para preencher; Alguns bebés não param de chorar. No final do voo, já o avião estava no chão, ouviu-se uma mãe italiana a gritar "BASTA". Pois...
Depois de passar pela alfândega sem problemas (não posso deixar de pensar na importância daquelas doze estrelas douradas em círculo que estão no meu passaporte), chego finalmente ao terminal de chegadas do aeroporto Narita. Pronto! Estou oficialmente no Japão! E agora? Compro um bilhete de comboio para a estação de Tóquio (tudo em inglês e sem qualquer problema). Telefono de um telefone público com moedas para o responsável da residência onde vou ficar e combino (em inglês) encontrar-me com ele na estação de metro mais próxima da residência (Myogadani). Desço umas escadas e já estou na linha à espera do comboio que demora 10 minutos a chegar (deixa-me pensar... se não tivesse parado para o controlo de passaportes e para ir buscar a mala teria demorado para aí 5 minutos a pé do avião até aqui... interessante... quanto tempo se demora a pé entre o avião e o comboio em Lisboa?). Saio do comboio na estação de Tóquio, que é subterrânea, e procuro a linha de metro que quero. Fácil! No metro, olho em volta e sinto-me chocado! Nunca me senti tão estrangeiro! Não vejo mais nenhum ocidental. Saio do metro e depois de uns minutos de espera um japonês aborda-me: "Antonio-san?". 5 minutos a pé e estamos na residência. O responsável explica-me algumas coisas essenciais, pede-me para assinar um documento em inglês e dá-me o código da porta de entrada da residência.
Enquanto me instalo, conheço alguns vizinhos na residência: a Maria, que é japonesa (chama-se Maria porque nasceu no dia de Natal) e a Carole que é francesa. Combinamos de sair daí a umas horas para jantar e beber uns copos com um amigo da Carole que está a visitar o Japão e com um outro vizinho da residência que é japonês. Ligo o portátil que me diz que são 6 e meia da manhã... pois... a esta hora ainda não está ninguém on-line em Portugal! Reparo que não vou conseguir ligar o portátil à corrente porque as fichas da electricidade são diferentes! A Carole diz que tem um adaptador para as fichas japonesas e a Maria diz que consigo encontrar de certeza esse tipo de coisas na loja Bic Camera em Ikebukuro ou então numa qualquer loja de Akihabara. Saio então de casa, não como turista mas como alguém que mora em Tóquio e precisa de comprar um adaptador para as fichas eléctricas. Encontro-o numa lojinha de Akihabara e volto para casa para experimentá-lo. Boa! Já consigo ligar o portátil à electricidade! Ligo-me à rede wireless da residência e falo com o pessoal no messenger e com a minha mãe, também por messenger mas com áudio, não sem algumas dificuldades: escrevo: "carregue no botão!" e ela responde por escrito: "qual botão?". Mas finalmente conseguimos conversar com uma qualidade de som quase como se estivéssemos na mesma sala! Viva a Internet!
Vou finalmente tomar um duche! Estão pouco mais do que 30º, mas é um calor húmido, que me faz suar como nunca tinha suado! Saímos, então, para comer e beber. O restaurante que tinha sido a primeira escolha não tinha lugares disponíveis. Pois claro! Sexta à noite! Subimos dois ou três andares no mesmo edifício e encontramos um restaurante com lugares disponíveis. Ficámos mais de 3 horas a pedir dezenas (mais de 10 foram de certeza) das pequenas doses típicas dos restaurantes japoneses e muita cerveja e muito sake (demais, até...). Foi um festim para o paladar (não! não houve sushi nem sashimi!). Acabámos a noite num bar de karaoke que não é um bar. São pequenas salas que são alugadas a grupos (não cabem muito mais do que 6 pessoas). E depois vai-se cantando e pedindo cerveja! Voltámos para a residência já passava das quatro da manhã e já se sentia o amanhecer. Deito-me e, passados pouco segundos, adormeço.

2007年8月1日水曜日

É HOJE

e não tenho tempo de escrever mais nada!

2007年7月30日月曜日

A troca

Durante um mês vou trocar o Sobral da Abelheira



















por Tóquio...
Acho que nem vou notar a diferença!